graduando
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o q'eu queria” (Beth Carvalho e Mercedes Sosa)
Índios, amerabas, nativos, ameríndios! São muitas formas de denominar àquela população que vivia nas terras do Brasil antes da chegada e intervenção europeia. Essas populações eram muito mais diversas e ímpares do que imaginamos, com suas culturas e tradições próprias. Eles eram os tupiniquins, tupinambás, mundurucus, terenas, guaranis, kaiowas, etc. Mas por que “eram”? Porque essas nações/etnias indígenas foram, e até hoje são, massacradas pela nossa ideia megalomaníaca de civilização. E aqueles que sobreviveram fisicamente a esse processo, padecem por verem que pouco ou nada são em relação ao que sua nação já foi. O que são alguns quilômetros quadrados de uma reserva se comparada a toda extensão desse nosso Brasil, e que muito antes de nós já era trabalhada pelas mãos dos indígenas? Esses nossos irmãos não são como nós que nos encarceramos em cubículos chamados apartamentos, todos hermeticamente fechados com trancas e cadeados, totalmente cimentados e refrigerados artificialmente. E nem querem saber se o branco criou algo chamado cerca, e que essa invenção permite a uns chamar a terra de “sua” em detrimento de quem vivia ali anteriormente. O genocídio continua! E não só esses que são reportados periodicamente pelos meios de comunicação, sobre grileiros, posseiros e latifundiários que expulsam pela bala os nativos de “suas propriedades”. Há uma outra forma de destruição: o suicídio. Sobretudo nos remanescentes Guarani-kaiowas se observa um crescente número de homens, e principalmente jovens, que cometem suicídio por não conseguirem se identificar ou estabelecer raízes conforme as tradições de sua nação originaria. Ou não tem o suficiente para manter sua subsistência de forma digna. E sobre dignidade não devemos contar com as bolsas ou programas sociais que se equivalem a meras