Graduanda
O autor inicia o texto afirmando que o objetivo dele é dar vida a Literatura do romance, atentando para a questão da geograficidade e da relação que existe entre a Geografia e a Literatura. A estrutura básica do texto é o espaço-tempo, porque não existe espaço fora do tempo e o tempo não acontece fora do espaço. O autor ressalta que a relação entre Geografia, História e Letras pode acontecer, ele explica que essa relação está embasada na categoria do espaço, pois para podermos entender uma obra é preciso contextualizá-la no tempo e no entanto a contextualização no tempo só é possível quando é estabelecida a contextualização no espaço. O autor afirma que se faz referência ao tempo e ao espaço nos romances da Literatura brasileira, vários romancistas vêem seus personagens confundirem suas tramas de vida com seu espaço e tempo,a exemplo o grande sertão:veredas, onde os homens buscam um mergulho na sua interioridade subjetiva para realizar a fuga simbólica das estruturas espaço temporais que amarram subjetivamente suas formas de existência. O autor esclarece que quando é necessário contextualizar um romance no seu espaço-tempo é necessário que o personagem seja visto no âmbito da estrutura da sociedade concreta que se desenrola a vida do personagem. O autor faz uma tentativa deliberada de abalar as estruturas acinzentadas da ciência. Nas suas afirmações controvertidas tem-se a constatação de que a obra literária dos autores trabalhados (Graciliano Ramos, Mário de Andrade e Guimarães Rosa) não dicotomizam o espaço, há em suas palavras, uma união entre a modernidade subjetiva e a externidade objetiva, com clara observância de semelhança entre as preocupações e até mesmo as construções teóricas dos geógrafos e demais cientistas sociais. Um relacionamento fecundo com a arte é promovido nas poucas páginas deste texto. Para o autor os sertões-veredas de Guimarães Rosa é a