graduanda
A leishmaniose visceral é uma zoonose, que possui caráter endêmico-epidêmico e apresenta uma alta morbimortalidade, devido a sua rápida expansão geográfica. Essa doença era predominantemente rural, mas nas ultimas décadas urbanizou-se apresentado uma média de 3 mil a 4 mil casos anuais. Tal mudança de padrão de transmissão está principalmente associada a fatores como a urbanização do vetor, a participação do cão como reservatório doméstico de Leishmania chagasi e a degradação ambiental. As medidas de controle para a leishmaniose visceral adotada pelos programas de vigilância seguem os protocolos da Organização Mundial de Saúde, que preconiza o diagnóstico e tratamentos de casos humanos, o combate ao vetor, Lutzomyia longipalpis, e a realização de inquéritos sorológicos em cães, visando o conhecimento da situação epidemiológica da doença e a eliminação dos cães sorologicamente positivos. Os testes sorológicos utilizados pelos programas governamentais são: imunofluorescência indireta (RIFI) e imunoenzimático (ELISA). O presente estudo teve como objetivo analisar o número de casos de cães infectados por L. chagasi no distrito Sede do município de Beberibe, no ano de 2012, utilizando os métodos preconizados pelos programas de vigilância. A metodologia utilizada neste estudo foi a análise das cédulas de controle das endemias transmissíveis por vetores (CETRAV) para o programa de controle das leishmanioses, intituladas Inquérito Canino: Registro Diário da Coleta e Exame de Amostras de Sangue Canino, além de uma entrevista com agentes de endemias e com a Secretaria de Saúde do município. Foram coletadas 565 amostras de sangue de cães das seguintes localidades: Centro, Planalto Beberibe, COHAB, Marina do Morro Branco, Morro Branco, Sítio Lucas e Coaçu. Dessas amostras, três (0,53%) foram positivas, com confirmação expedida pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN).