Graduanda
FACULDADE DE LETRAS DE ARTES – FALA
DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA III
PROFESSOR: ALUÍSO BARROS DE OLIVEIRA
Larissa Aquino de Sousa (UERN)
Naara Freire de Sousa (UERN)
A “PRESENTIFICAÇÃO” DO CONCEITO DE INTERTEXTUALIDA EM “POEMA DE SETE FASES”, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, “COM LICENÇA POÉTICA”, DE ADÉLIA PRADO E “ATÉ O FIM”, DE CHICO BUARQUE.
Segundo Kristeva (1974) (...) “todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto”. Baseado nisto, iremos discutir a intertextualidade em “Poema de sete fases”, de Carlos Drummond de Andrade. “Com licença poética”, de Adélia Pardo e “Até o fim”, de Chico Buarque. Para isto Barthes (1976) afirma:
“Cada fio, cada código é uma voz, estas vozes trançadas, ou que se trançam, formam a escritura. Quando está só, a voz não trabalha, não transforma nada, mas logo que a mão intervém para reunir e entremear os fios inertes há trabalho, há transformação. Um texto se fundamenta na presentificação de outros textos, de outros códigos, de outros signos (além dos que lhe são próprios); o que realmente dá sentido a um texto é essa sua intertextualidade, esse seu dialogismo.”
No “Poema de sete fases” de Carlos Drummond podemos perceber a releitura da anunciação do anjo a Maria, segundo a bíblia. O poema dialoga com um texto presente na bíblia quando um anjo anuncia a Maria que ela seria a mãe de Jesus. Logo mais adiante no poema podemos ver outra alusão à bíblia no verso que diz: “Meu Deus, por que me abandonaste” que é marcada pela passagem bíblica de Cristo na hora da crucificação; percebemos no poema a predominância do discurso masculino. Já no poema “Com licença poética” de Adélia Pardo notamos um dialogo intertextual com o “Poema de sete fases”; o título do poema já expressa uma forma de pedido ao poeta (Drummond) para poder discorda dele.
Adélia começa o poema com uma discordância quando adjetiva o anjo como