Graduanda
PARETO, Vilfredo. Manual de Economia Política. Vol. I; Vitor Civita, 1984
03/10/13 - Política III
"É opinião comum, implícita ou explícita, que os homens são guiados unicamente pela razão e que, por consequência, todos os seus sentimentos são ligados de maneira lógica; mas esta é uma opinião falsa e desmentida por um sem número de fatos, que nos fazem pender para outra opinião extrema, completamente falsa, entretanto, de que o homem é guiado exclusivamente por seus sentimentos e não pela razão. Esses sentimentos tem origem na natureza do homem combinada com as circunstâncias nas quais ele viveu, e que não nos é permitido afirmar a priori que existe entre eles uma ligação lógica." (§22; p. 38)
"Os sentimentos religiosos ou (...) os sentimentos determinados por uma religião positiva com um Deus pessoal, sentimentos que chamaremos de A, estarão eles sempre, ou comumente, acompanhados dos sentimentos morais B, ou os sentimentos B encontrar-se-iam habitualmente sem os A?"( §23; p. 38)
"A é a consequência do preceito que devemos trabalhar para aproximarmo-nos da perfeição; que devemos 'perseguir a felicidade do gênero humano, ou melhor, de todos os seres sensíveis'; ou, ainda, que devemos fazer tudo que possa melhorar ou glorificar a humanidade; ou que 'devemos agir de tal maneira que a regra do nosso querer possa tomar a forma de um princípio de legislação universal' etc." (§25; p. 38-39)
"A demonstração habitualmente empregada por Platão consiste em substituir as sensações agradáveis ou penosas que o homem prova por abstrações que se definem de maneira a fazê-las depender do fato de haver agido moralmente; em seguida, faz-se um círculo vicioso: se a felicidade é consequência da conduta moral, não é difícil concluir que a conduta moral traz a felicidade." (§28; p. 39)
"A origem desses erros está no fato de não se querer compreender que a sensação agradável, ou desagradável, é um fato