graduanda

Exposição Pré- Natal à Cocaína O uso da cocaína é venenoso tanto para a gestante quanto para o feto. Na maioria das vezes os resultados são diversos. Pode apresentar taquicardia, hipertemia e hipertensão fetal e materna; como resultado destes ou por produto direto do entorpecente, sucede atenuação da corrente sanguínea, uterina, hipoxemia fetal, malformações, abortos, morte do feto, descolamento prematuro da placenta, prematuridade, crescimento intrauterino retardado, diminuição do comprimento médio dos recém-nascidos, microcefalia, alterações eletrocardiográficas no recém-nascido, aumento do risco para enterocolite necroziante e síndrome de morte súbita da criança, além de causar aumento na taxa de internações em unidades de tratamentos intensivos neonatais. No embrião, o andamento de cada parte do cérebro acontece em oito estágios, alguns dos quais continuam na vida após o nascimento. São eles: indução da placa neural, proliferação celular ( dos neurônios de cada glia), migração celular, agregação celular, maturação neural, sinaptogênese, redução ou morte celular e o processo de elminação. As alterações decorrentes de intervenções, sejam elas traumáticas, por exposição a substâncias tóxicas ou por experiências vividas, estão intimamente relacionadas com o estágio de desenvolvimento em que o sistema nervoso central (SNC) se encontra no momento da exposição. Dessa forma, a exposição durante a primeira metade da gestação afeta a citogênese e a histogênese, e a exposição após este período age na diferenciação e no crescimento de áreas específicas do cérebro. A cocaína pode afetar a formação e a remodelagem do cérebro através do efeito no metabolismo das monoaminas e, ainda, atuar na ontogênese do sistema neurotransmissor. Efeitos teratogênicos em embriões sujeitos à cocaína foram demonstrados em explorações. A anomalia cerebral mais constante é a microcefalia, causada por alteração na proliferação celular e demonstrada em até 16% dos recém-nascidos