graduanda
Plantas contêm mais de 1000.000 constituintes naturais conhecidos, muitos dos quais são valiosos fitofármacos. Produtos quimicamente naturais, como são definidos hoje, envolvem muitos estudos de biossíntese, isolação, determinação de estrutura e investigação de propriedades biológicas de metabolismos (metabólitos?) secundários. Os níveis desses compostos variam bastante, dependendo de qual parte da planta é coletada em qual época do ano; condições ambientais dominantes durante a estação de crescimento, incidência de patógeno, insetos e ataque de herbívoros; como as plantas ou partes delas são coletadas e preservadas; e quais espécies, ou até cultivares, são escolhidos para coleta. Muitas plantas foram bastante coletadas na natureza, tornando-as raras ou ameaçadas de extinção. Algumas possuem constituintes venenosos que só podem ser usados seguramente como remédios depois do devido tratamento durante extração ou formulação. Porém, podemos fazer crescer essas plantas de um jeito seguro e sustentável de forma a obter o valor agregado de constituintes fitofármacos em abundância de um modo eficiente e consistente? A resposta é sim. Mas para tal, requer-se condições de crescimento ambiental controlado, biomassa adequada, claro conhecimento da natureza química dos constituintes de interesse e como eles são extraídos e analisados, e os meios pelos quais os níveis de constituintes de interesse podem ser regulados para maximizar seu rendimento.
A disponibilidade de fontes de biodiversidade, entretanto, é atualmente um fator limitante principal. Os maiores números de espécies de plantas ocorrem em países de terceiro mundo que não possuem os recursos para conduzir a blindagem de sua biodiversidade natural. Por outro lado, negociações sobre receitas com companhias farmacêuticas interessadas em blindar a biodiversidade não são fáceis devido ao enorme valor de tronar a biodiversidade disponível