graduanda
Segundo o autor o mal que paira sobre a República Argentina é sua extensão. Neste capítulo Sarmiento começa fazendo a divisão entre o pampa e as cidades, dois mundos diferentes, cada um com seus hábitos e condutas. O pampa “despovoado”, onde vivem apenas os “selvagens” (índios) e seu povoador o “gaucho” (mestiço de mulatos, indígenas e espanhóis). Estes são obrigados a lutar contra o meio natural o que lhes dava certo caráter de “inabalável”.
A educação do gaucho termina quando o sujeito é capaz de montar no cavalo e usar o laço, o que lhe dá uma precoce independência. Ao desenvolver fortemente essa capacidade física é inerente a sensação de superioridade que o envolve, torna-se um ser arrogante (origem da vaidade nacional, que segundo o autor é um elemento positivo na Revolução) e assim, descuida-se do desenvolvimento da inteligência. A vida do campo desenvolveu no gaucho as faculdades físicas, mas nenhuma pertinentes à inteligência. Amam a ociosidade, são cristãos, mas supersticiosos e são incapazes industrialmente falando e desdenham todos os elementos civilizados da cidade. Porém tem também seus atrativos: o gaucho não trabalha – tem comida e vestuário que seus rebanhos lhe proporcionam- tem a vida “tranqüila” e livre, desfruta das corridas de seus rebanhos e jogos prazerosos. Essa é sua felicidade.
O que explica o texto é o subtítulo “civilização ou barbárie”, a barbárie está enraizada nessa sociedade dos gauchos, já que há a impossibilidade e inutilidade da educação moral e intelectual. Então, segundo o liberal Sarmineto - adepto da “civilização” e dos hábitos europeus - na Campanha é irrealizável a civilização, já que os gaúchos eram selvagens o único que levariam é à barbárie. Não pode haver progresso porque é necessária a cidade e a capacidade de desenvolvimento