Graduado

Trabalho etimologicamente deriva do latim tripalium, objeto de três paus aguçados utilizado na agricultura e também como instrumento de tortura. Embora a etmologia denote algo penoso e, até mesmo indesejado, o trabalho também apresenta um condição “Sine qua non” para o desenvolvimento do gênero humano. Segundo a teoria marxista, na dimensão materialista-histórica existe um mundo material que é antecedente à existência do próprio homem; este mundo, contudo, uma vez conhecido e transformado pela ação humana, deixa de ser natureza em si transformando-se em natureza significada e, portanto, cognoscível.
(...) o trabalho é, para Marx, uma atividade que distingue o ser social do ser natural, isto é, define a especificidade do ser humano como um ser histórico, social e cultural, por possuir essas três características: a de ser uma atividade conscientemente dirigida por uma finalidade previamente estabelecida na consciência, a de ser uma atividade mediatizada pelos instrumentos e a de ser uma atividade que se materializa em um produto social, um produto que não é mais um objeto inteiramente natural, um produto que é uma objetivação da atividade e do pensamento do ser humano. (Duarte, 2000, p. 208)
Destarte o mundo do trabalho passou por profundas mudanças desde a segunda metade do último século, em especial transformação a procura por melhores desempenhos produtivos. Essas constantes mudanças são na maioria das vezes, responsáveis pela elevada sobrecarga na produção e, associada às exigências produtividades, torna o trabalho um inevitável gerador de sofrimento. J. A relata que: [...as vezes a gente pega mais de uma obra por conta do dinheiro, das contas pra pagar, ai não sobra tempo pra descansar, pra ficar com a família, ai a pessoa fica doente tem muita gente com depressão, estresse; tem também aqueles que bebem e fumam ai já viu acabam com a vida...]
Para Dejours (1998), a origem do sofrimento está ligado a mecanização e robotização das tarefas, as pressões e