Graduado
Segundo a professora Silvia no balanço historiográfico, apresentado no vídeo, sobre a figura dos escravos na historiografia nacional, ou seja, o modo como foram estudados e interpretados a história da escravidão no Brasil se divide em quatro momentos. O primeiro na década de 30, onde Gilberto Freyre estuda a escravidão no Brasil, em uma tentativa de superar certa visão preconceituosa reinante na época, não faz nenhuma relação com o continente africano, com a origem dos escravos. Já o segundo momento (década de 60), apresenta uma visão revisionista a obra de Gilberto Freyre, revisão está, pela chamada “escola paulista”, que analisa a escravidão nos seus momentos finais “da transição do escravismo para o capitalismo”. Para esse grupo, dois enfoques são evidenciados, o primeiro é que a escravidão transformava o escravo em coisa (coisificação) e o segundo enfoque é que era uma sociedade extremamente violenta, e esses fatores além de marginalizar o escravo não permitia a sua independência, com isso o escravo não se integra a sociedade. Esse grupo se destaca pela denúncia ao racismo. Como o período anterior a África não está relacionada com as questões internas brasileiras no que se refere ao escravismo e ao escravo. Na década de 70, encontramos o terceiro momento das análises da escravidão, e que tem como base as denúncias sobre o racismo surgidos na década anterior, no Brasil. Nessa década, temos a procura de grandes explicações econômicas, baseadas na teoria marxista, para se entender o mundo, e no caso em questão, a escravidão. Para esse grupo, o fundamental é compreender quais mecanismos econômicos que estruturaram a sociedade escravista. Para esses estudiosos o enfoque não é o escravo, mesmo ele sendo fundamental, já que ele, o escravo, “não é entendido como uma pessoa, como agente, com uma cultura”. E como no momento