Graduado
VILSON LEFFA
- Interpretação de texto é um conceito mal compreendido por muitos, pois há uma confusão entre interpretação e compreensão, que seriam duas formas lingüísticas do mesmo conceito.
- Esses dois termos não são intercambiáveis, há uma diferença entre eles.
- Posso dizer que sei interpretar um texto, mas é estranho dizer que sei compreender um texto.
- Posso afirmar com naturalidade que “ninguém me compreende”, mas são raros os casos em que caberia a frase “ninguém me interpreta”.
- O autor conceitua a compreensão, explica como a interpretação é construída sobre o alicerce da compreensão, propõe de que modo a interpretação de texto pode ser conduzida pelo aluno.
COMPREENSÃO
- Compreender significa (latim) = pegar junto. Ex.: O ensino da língua portuguesa compreende o estudo da fala e da escrita. (verbo com sentido de unir ideias).
- Compreender é entender, perceber (mais próxima do tema abordado pelo autor).
- O leitor não pode chegar sozinho no texto, traz consigo o seu mundo, sua experiência de vida, as competências que já acumulou.
- O sentido do texto não é simplesmente doado ao leitor, é trocado por algo que ele deve trazer. A leitura é uma doação recíproca.
- Compreensão abrange quatro competências do leitor: tradução do código, montagem do quebra-cabeça, evocação do saber construído e planejamento das estratégias.
- Tradução do código (conhecimentos lingüísticos): ser alfabetizado. O leitor precisa ser munido, no ato da leitura, de um código de chegada para que o conteúdo do código de partida possa ser traduzido. Por isso, que na leitura de uma língua estrangeira desconhecida, o leitor não possui esse código de chegada e a compreensão não é possível.
- Montagem do quebra-cabeça (conhecimento composicional): o texto é composto por partes que se encaixam umas nas outras. A montagem começa no nível da frase, envolvendo restrições semânticas, de ordem