Graduada
A Hanseníase representa um problema grave de saúde pública no Brasil, por ser uma doença com agravantes inerentes às doenças de origem sócio econômica e culturais, e também marcadas pela repercussão psicológica gerada pelas deformidades e incapacidades físicas decorrentes do processo de adoecimento (RAFAEL, 2009). Deformidades e incapacidades físicas são uma das causas do estigma e do isolamento da pessoa na sociedade. A avaliação neurológica, a classificação do grau de incapacidade e a aplicação de técnicas básicas de prevenção, controle e tratamento são procedimentos que precisão ser realizados nas unidades de saúde, espaço onde o paciente encontra uma equipe que o acolhe e é responsável pela assistência integral a sua saúde. O diagnóstico precoce da doença é um fator importante no tratamento e na interrupção do contágio. Mas antes, durante e após o diagnostico podem ocorrer processos inflamatórios que necessitem de outros tratamentos e acompanhamentos para evitar deformidades e incapacidades.
É fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves conseqüências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente.
2. HANSENÍASE
2.1. DEFINIÇÃO
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, restrita ao ser humano, caracteriza-se por acometimento dermatoneurológico, variando em espectro entre dois pólos estáveis, tuberculóide e virchowiano, com formas intermediárias instáveis, levando a sequelas neurológicas, oftalmológicas e motoras, se não tratadas precocemente. É uma doença de notificação compulsória (SAVASSI, 2010). Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. (Portal saúde)
2.2. ETIOLOGIA
O agente etiológico da Hanseníase é o Mycobacterium leprae, um bacilo hospedeiro intracelular obrigatório que se aloja na célula de Schwann da bainha mielínica de nervos periféricos, podendo provocar