governar é combater problemas
Não há governo quando não se enfrenta as dificuldades dos seus governados. Não se governa quando se acha que somente falando sobre os problemas ou quando se omite em falar deles para fazer com que alguns acreditem que está tudo bem. Governar é criar ação permanente contra os entraves socioeconômicos e com resultados palpáveis para a população. Governo que se preza, não perde um dia sequer da sua governança. Tanto é assim que no programa eleitoral todos os candidatos discutem as mais prementes carências coletivas e comprometem-se a não dar tréguas para equacioná-las, dizendo-se formar equipes capacitadas para enfrentar os dramas da sociedade e ainda prometem novas perspectivas para todos. Mas a prática revela que os governantes só levam a sério governar quando estão sob o crivo da campanha eleitoral.
Não obstante, é como diz o título acima, governar é combater os problemas e não perenizá-los ou agir com desídia até quando se apresentam com maior intensidade. E o que temos visto é a total inércia do governo estadual para promover qualquer ação de combate à seca que está assolando o semiárido piauiense com efeitos danosos para o Piauí, como disse o padre Geraldo Gereon, de São Francisco de Assis do Piauí, que apareceu recentemente no Jornal Nacional da TV Globo, numa ampla reportagem sobre a seca. Ele afirma que: “A seca é tão conhecida que precisa ter um sistema de prevenção, que não existe. Os governos e outros tantos, qualquer um, só começam a se assustar quando está acontecendo” (Jornal Diário do Povo, Caderno Política, Coluna Em Tempo/Da equipe, edição de 25 de março de 2013).
O valoroso padre Geraldo, para quem não sabe, é um vigário alemão que chegou ao Piauí há décadas atrás para servir na diocese de Simplício Mendes. Lá, além da sua obra espiritual, também empreendeu gigantesca obra material de forma associativista e comunitária em proveito dos pobres de várias localidades do referido município e dos circunvizinhos.