Ditadura
Em 1930 os membros da recém-formada Aliança Liberal decidiram contra-atacar após a derrota de Getúlio Vargas nas eleições presidenciais. A revolução começou no dia 3 de outubro, no Rio Grande do Sul, e se espalhou rapidamente através de outros Estados. Era o início da era Vargas.
Getúlio Vargas saiu a cavalo do Rio Grande do Sul e chegou ao Rio de Janeiro 21 dias mais tarde, num golpe de Estado que depôs o então presidente Júlio Prestes. Em 3 de novembro, Vargas se tornou o novo presidente provisório do Brasil.
A Revolução de 30 instaurou, no Brasil, um novo modelo de desenvolvimento industrial e urbano. A adoção desse modelo foi estimulada pelos efeitos do Crash de 1929, que derrubou os preços do café e de outros produtos brasileiros para exportação. A industrialização e as imigrações rurais geraram a urbanização das grandes capitais do Sudeste brasileiro.
A primeira participação de Vargas no poder foi de 1930 a 1945. Foi um período de um governo centralizado e autoritário, caracterizado pelo populismo, nacionalismo, trabalhismo e o forte incentivo à industrialização. Vargas foi, ao mesmo tempo, um ditador e um reformista. Incluiu na nova Constituição de 1934 artigos sobre direitos individuais, voto feminino, previdência social, direitos dos trabalhadores, salário mínimo, abolição da pena de morte, independência dos três poderes (legislativo, judiciário e executivo), eleições diretas para presidente e mandatos em ciclos de cinco anos. Mas, apesar destes avanços, quando era ameaçado pela oposição ele recorria à lei marcial, aos poderes absolutos e à censura aos meios de comunicação.
Em 1937 o Estado Novo institucionalizou, de fato, o regime ditatorial, vigente desde 1930. A Constituição, inspirada no fascismo, fez o presidente exercer o poder absoluto. Vargas proibiu os partidos políticos, os opositores políticos e os artistas, além de intensificar a censura à imprensa.
Em 1942 o Brasil se uniu aos Aliados na Segunda