Governabilidade e Participação Popular
A compreensão mais ampla da ideia de governabilidade encontra-se ligada ao estreitamento das relações entre o governo e a sociedade, o qual deve impulsionar a soma de esforços em prol do fortalecimento das práticas cooperativistas e associativistas.
No intuito de fortalecer as relações políticas e sociais para a viabilização das políticas públicas e dos seus ideais de desenvolvimento, os atuais planos estratégicos (regionais, territoriais) configuram-se não apenas como instrumentos de construção de cenários futuros, mas como mecanismos de construção do consenso em torno de objetivos comuns.
Por isto a participação popular mais do que uma estratégia deve ser uma premissa no planejamento governamental. Analisar o significado da participação social ou popular é quase sempre um exercício que implica previamente posicionamento ideológico, daí a dificuldade de validar universalmente um único significado. Mas esta dificuldade não é um “problema teórico”, é sim parte da definição e das disputas acadêmicas e conceituais. Numa sociedade de classes, excludente e injusta com a nossa, a crescente participação autônoma da sociedade civil nos negócios do Estado tende a tensionar progressivamente os mecanismos de dominação, publicizando espaços privados e alargando as agendas das políticas distributivas e sociais. Ou seja, o aprofundamento do processo participativo é condição prévia para a consolidação da “democracia real” e o efetivo combate às desigualdades econômicas e sociais.
Não é incomum descobrir de vez em quando organizações aparentemente sérias utilizarem instrumentos ligados às ferramentas da “Qualidade Total”, como o PDCA ou o SWOT, técnicas de piscodrama ou ainda o BSC13 e chamarem isto de “planejamento participativo”. Há muita confusão entre uso de instrumentos e teorias explicativas, opções políticas e ideológicas e método. Podemos usá-los em distintas situações, para planejar as atividades escolares de uma escola