Golpe de Estado de 1964
A chamada “Revolução de 64” ou “Golpe de 64” foi realmente um golpe. Primeiramente, é necessário esclarecer que muitas vezes utilizam erroneamente a expressão “revolução” que na realidade designa-se golpe de Estado. Algumas vezes, em países subdesenvolvidos, o golpe de Estado é confundido com revolução.
O golpe tem como característica a tomada de poder por meios ilegais. Já a revolução advém do próprio povo, o que lhe dá legitimidade. Outra importante diferença entre golpe e revolução, é que o golpe se faz contra a pessoa do governante, o modo como ele governa e sobre o interesse de um grupo restrito. Já a revolução não pretende somente modificar o governo como também os fundamentos do Estado e suas instituições. E a revolução tem como prevalência defender o interesse da coletividade não somente o de um grupo restrito.
O golpe de Estado tem como característica a surpresa, a ilegitimidade, premeditação e a frieza do cálculo. Os golpes de Estados são, na maioria das vezes, vistos com um mau olhar perante a sociedade, isso porque, como dito no parágrafo anterior, não tem concordância da coletividade e sim de um grupo restrito. Golpes de Estado tem natureza autocrática e revolução, democrática.
Em 1964, ocorreu no Brasil, muito mais que um golpe, porque além de ser deposto o presidente João Goulart, que foi eleito de forma democrática, mudou-se ordenamento jurídico do país, emitindo uma nova Constituição, introduzindo nova legislação e também, proibindo o cidadão de ter a sua liberdade de expressão.
É importante relembrar e ressaltar, que o que aconteceu no Brasil em 1964 não foi uma revolução. Já que os militares deram uma visão anticomunista a seu movimento e por isso o poder se destinaria a uma elite capitalista, então, o que havia de revolução era a movimentação de forças comunistas (guerrilheiros, líderes sindicais), inspiradas na revolução