Pré Golpe de Estado de 1964
Após um mandato de sete meses em que enfrentou forte oposição a suas políticas, o presidente Jânio Quadros renuncia, assumindo assim, em seu lugar, o vice presidente João Goulart. Sua posse não foi aceita pelos ministros militares e pelas classes dominantes. Para assumir o poder, Jango teve de se submeter a um acordo político em que aceitava o regime parlamentarista.
O presidente João Goulart apresentou ao Congresso projetos em que defendia a extensão do voto a analfabetos, a reforma agrária e pretendia ampliar a intervenção do Estado na economia. Com dificuldades para aprovar suas reformas de base, Jango fez uma ofensiva baseada no apoio popular. 150 mil pessoas comparecem a seu comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Mas em São Paulo, grupos ligados à oposição, à Igreja Católica e ao empresariado organizaram uma passeata contra João Goulart. Nesse movimento participavam pessoas de classe média que, em meio à Guerra Fria, temiam o "perigo comunista".
Em 1964 o general Castello Branco, chefe do Estado-Maior do Exército, lançou uma circular reservada aos oficiais advertindo sobre o que considerava como perigo comunista oculto nas recentes medidas do presidente da República. Por fim tropas militares rebeldes marcharam em direção ao Rio de Janeiro para obrigar o presidente Jango à deposição. Oficiais golpistas tomaram o Forte de Copacabana. Em apoio ao presidente, o CGT decreta greve geral.
Sem conseguir reverter o golpe de Estado, João Goulart deixou o Rio em direção à Brasília. No fim da noite, o Congresso anuncia a presidência vaga. Sendo assim é instalado no dia 1° de abril de 1964 a Ditadura no Brasil, com seu 1°ato institucional editado 8 dias após a deposição de Jango, ato este que, permitia a cassação de mandatos e a suspensão de direitos políticos.