Golpe de 64
Em 1961, o então presidente Jânio Quadros renuncia ao cargo na esperança de que o apoio popular o levaria novamente à presidência. Entretanto, isso não aconteceu e, então, assumiu o vice-presidente, João Goulart, o Jango.
Jango apareceu na política nacional como Ministro do Trabalho do segundo governo de Getúlio Vargas. João Goulart tinha uma ligação histórica com as classes trabalhistas, por isso era considerado um esquerdista. Para reforçar a ideia popular de que era um simpatizante da esquerda, à época da renúncia de Jânio Quadros, Jango estava em viagem política à China, de regime comunista.
Sentindo-se ameaçados, os governantes de direita (Carlos Lacerda, Magalhães Pinto etc.) e os militares -todos estes apoiados pelos Estados Unidos - tentaram impedir a posse de Jango , a qual estava prevista na Constituição. Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul e aliado político de Jango, afronta os militares e lança a campanha da legalidade, a qual visava apoiar a posse de Jango. Para isso, ele foi às rádios gaúchas chamar pelo apoio popular. Toda essa articulação de Brizola e Jango funcionou, e o novo presidente estava decidido, com um porém: Jango assumiria, mas o Brasil estaria num regime parlamentarista, no qual o primeiro-ministro seria o verdadeiro governante, falando à grosso modo.
Em 1963, um plebiscito termina com esse regime parlamentarista; a população não queria mais essa forma de governo, e, então, finalmente, João Goulart tomaria posse do governo do país. Isso não agradou aos militares e governantes de direita, que a cada manobra do presidente, contestavam. Quando Jango lançou seu Plano Trienal e famosas reformas de base (agrária, , tributária, administrativa, bancária e educacional), o alerta foi ligado para os militares, uma vez que, em pleno contexto de Guerra Fria, essas reformas facilmente seriam acusadas de ligação com o comunismo, com uma tentativa de