o golpe de 64

O Golpe de 64
Entre 1964 e 1984, a ditadura militar no Brasil destruiu a economia, institucionalizou a corrupção e fez da tortura uma pratica política. Tornou a nação desprezível e abalou o caráter brasileiro, alienou as novas gerações tornado-as incapazes de entender a sociedade em que vivem.
A incapacidade dos políticos de superar as contradições da sociedade brasileira abriu o caminho para o golpe. As reformas propostas pelo presidente João Goulart, especialmente a reforma agrária, assustaram a classe media, e a direita estimulou a tendência dos militares para uma solução de força.
A conspiração contra o governo foi tão ampla que às vezes chegou a ser publica. Contou com financiamentos do exterior, associação de intelectuais e ativa participação da imprensa. No plano econômico, a sabotagem interna juntou-se a decisiva retração dos investimentos norte-americanos, que acelerou o processo inflacionário.
Depois da conspiração, o golpe militar aconteceu quase naturalmente, apoiado pela Igreja e festejado pela classe media, que tinha medo de perder os seus “privilégios”. A grande imprensa criou um clima favorável ao golpe, exigindo a deposição do presidente João Goulart. O governo já estava na defensiva e foi incapaz de resistir aos golpistas. Os dispositivos militares que deveriam defender o regime constitucional foram um completo fracasso.
O golpe militar de 1964 vinha se gestando havia anos. Poderosos grupos econômicos não aceitavam mudanças que implicassem a perda dos seus privilégios. As reformas poderiam alterar o eixo econômico, abalando a aliança das burguesias industrial e financeira com o capital estrangeiro. Então, os mais poderosos grupos econômicos do Brasil financiaram o golpe.
Em 1964 o mundo divida-se entre os Estados Unidos e a União Soviética. No Brasil a ESG (Escola Superior de Guerra), criada nos moldes da sua similar norte-americana, cultivava a Doutrina de Segurança Nacional. Entre os militares destacava-se o coronel (depois general)