Golpe 64
O comício na Central do Brasil foi a chave para dar início ao golpe. João Goulart tinha como entidade aliada a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas (defensoras da Reforma Agrária) e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), ou seja, as classes com baixo poder econômico. Desprivilegiava claramente os interesses dos grandes proprietários, o grande empresariado e a classe média. Após o comício, a Força Armada começou a planejar o golpe com o apoio das elites nacionais e a inteligência norte-americana, que tinha medo que Jango pudesse implantar uma ditadura socialista, parecido com a de Cuba. Ele era visto como comunista, pois medidas como reforma agrária e distribuição de renda eram tachadas de comunista, mesmo quando não era o caso.
Mas o golpe não foi algo repentino, foi amadurecendo aos poucos, cerca de 10 anos, ainda quando Getúlio Vargas era o presidente. Os militares estavam descontentes por Goulart ser um ex-ditador e ter denúncias de corrupção. Ele abafou o golpe se suicidando.
Revolta dos Marinheiros foi um motim dos marinheiros brasileiros e ocorreu dia 25 de março de 1964, sete dias antes do golpe. Dois mil marinheiros se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos e reivindicavam seus direitos, como reconhecimento da Associação, melhoria na alimentação a bordo dos navios e dos quartéis. O ministro da marinha ordenou a prisão dos principais líderes do movimento e mandou fuzileiros ao local do movimento, porém eles acabaram aderindo ao movimento dos marinheiros. No dia 26 de março, o ministro do trabalho fez um acordo com os marinheiros, que ao deixarem o prédio foram presos em seguida. Horas depois, João Goulart anistiou-os, agravando ainda mais a crise na área militar.
Em 31 de março de 1964, um general resolveu prematuramente partir com sua tropa para o Rio de Janeiro. O marechal Castello Branco tentou para-lo, mas seria muito pior, pois poderia agravar a situação. Acabou dando certo, Jango não queria