Gol futebol e rock'n roll
a) um novo entendimento da categoria de tempo. O ideal de progresso humano é frustrado diante de guerras, genocídios, intolerância, violência. Somado a isto, a categoria tempo, devido ao mundo hight tec, é acelerado. Hoje, o ontem já é História, tudo se torna acontecimento e que, por haver tantos fatos, já nada é acontecimento. Um mesmo objeto é passível de múltiplas análises. Isso se dá pela constante busca do ser humano de dar sentido ao mundo. “Essa necessidade de dar um sentido ao presente, senão ao passado, é o resgate da superabundância factual que corresponde a uma situação que poderíamos dizer de supermodernidade para dar conta de sua
ANTROPOS – Revista de Antropologia – Volume 2, Ano 1, Maio de 2008 – referências coletivas, gerando um individualismo exacerbado, porém sem identidade. Portanto, o chamado não-lugar caracteriza-se por não ser relacional, identitário e histórico. Como exemplo de não-lugares, podemos citar as auto-estradas, os aeroportos e os supermercados. Há também aqueles lugares outrora promotores do mundo operário, hoje vistos como espaço para aqueles que não possuem emprego, pessoas sem abrigo por motivos diversos.
São não-lugares por acolher, mesmo que provisoriamente, homens e mulheres que pela intolerância de nossa ordem social, viram-se constrangidos à expatriação urbana.
Outra característica destacada pelo autor dos não-lugares é que estes são permeados de pessoas em trânsito. São espaços de ninguém, não geradores de identidade. Lá, você ou eu, não importa, somos apenas mais um.
Em