Globalização
Giorgio Romano Schutte
RESUMO
A proposta dessa contribuição é caracterizar a atual fase da globalização dos trabalhadores em nível internacional no contexto da globalização econômica. Para melhor entender a dinâmica desse processo, começaremos com uma recuperação histórica. No fim do século passado, início da movimentação sindical a organização era altamente internacional. Varias federações ajudaram a fundar sindicatos nos diversos países. Vale ressaltar que este internacionalismo se limitava principalmente aos países envolvidos no processo de industrialização.
A segunda fase começa em 1919, num contexto internacional caracterizada pela vitória recente da Revolução Rússia, por acordos de paz e pela existência de movimentos revolucionários em várias partes da Europa. Havia uma pressão internacional frente aos governos para incluir no acordo final de paz (o Tratado de Versalhes) a instalação de é órgão que trataria de assuntos relacionados à legislação trabalhista. Assim surge a OIT (Organização Internacional do Trabalho). O fato de os sindicatos terem obtido a aceitação dessa proposta tem estreita relação com a necessidade dos governos de neutralizar a união soviética e pacificar as correntes mais revolucionarias dentro do movimento operário
Em 1922, em Washington, foi realizada a primeira reunião da OTI, que tinha como ponto principal de pauta a regulamentação internacional do horário de trabalho de 8 horas diárias e 48 semanais.
A terceira fase se registra logo depois da Segunda Guerra Mundial. Novamente a classe trabalhadora não só havia saído da guerra mais fortalecida politicamente como também mais convencida de que a união internacional de sindicatos reforçaria a luta, garantiria a paz e um desenvolvimento equilibrado. Em outubro de 1945 criou-se em Paris a Federação Mundial Sindical, à qual aderiram às organizações sindicais dos países capitalistas e dos países com regime comunista.
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