globalização
No texto Globalização: Novo paradigma das ciências sociais de Octavio Ianni, o autor busca desafiar as ciências sociais a pensar na globalização do mundo e na formação de uma nova sociedade. Um dos primeiros argumentos do autor é que as consequências relacionadas à globalização ainda está em construção e é uma área pouco explorada. Até então os estudos referentes à sociedade era em relação à sociedade nacional, porém com o surgimento da sociedade global todo conhecimento e estudo acumulado até então se tornaram insuficientes para explicar e interpretar todas as mudanças decorrentes da globalização. Dessa forma, por mais desenvolvido que seja o pensamento científico para a sociedade nacional, ele possui conceitos, categorias e interpretações que não podem ser aplicados a esse novo modelo de sociedade. O surgimento e o reconhecimento da sociedade global são tomados como um momento de desafio epistemológico na qual exige uma nova forma de observar e pensar. Portanto, com as novas exigências da sociedade global vale listar as dificuldades epistemológicas nos estudos atuais, na qual cinco características devem ser destacadas. Primeiro, baseiam-se principalmente em teorias das ciências sociais, como evolucionismo, funcionalismo, estruturalismo e em Weber e Marx, deixando evidente a dificuldade em se libertar da sociedade nacional. Segundo, a priorização de apenas um aspecto da sociedade global em particular, na qual poucos estudiosos reconhecem uma abordagem geral e integrativa. Terceiro, os estudos situam-se a partir de uma perspectiva convencional, sem integração de assuntos. Quarto, como todo estudo e interpretação, possui um método comparativo, porém este tem como referência aberta este ou aquele país moderno e/ou desenvolvido. E por fim, a maioria não se posiciona na ótica de horizontes da desterritorialização, na qual o sujeito ficaria livre de referências anteriores e poderia se manter longe da tradicional análise