ginastica
O que não é educação física
Prof. Ms. Conrado Augusto Gandara Federici
Colaboração: Profa. Dra. Eliana Ayoub e Prof. Laércio Claro
O objetivo deste texto é o de instigar a reflexão e desafiar cada leitor a confrontar as próprias idéias e conceitos relativos à esta área de conhecimento chamada Educação
Física
com
algumas
permanências
e
“insistências”
históricas. Por exemplo: e se ainda confundimos esporte com educação física?
E se não sabemos exatamente quais são as funções da aula de educação física? ou se pensamos já saber tudo à respeito desta área que nos é tão comum, concreta e visível em todo lugar?
A aula de educação física sofre deste mal: por estar quase sempre exposta, ao ar livre, como em uma vitrine, dá a liberdade para sua ampla interpretação e
“achismo” – aos moldes da anedota, que nos diz que existem tantos técnicos da seleção brasileira de futebol, quanto são os brasileiros! Enfim, mais do que em outras áreas do conhecimento, o senso comum é forte influência na formação de opiniões, as mais diversas, no nosso meio.
Pensemos rapidamente sobre o percurso histórico das aulas de educação física na escola: sua origem passou pelos exercícios físicos de caráter militar.
Depois, seguiram-se os métodos de ginástica, (inglês, alemão, sueco e francês, que chegou até a ser oficializado por Rui Barbosa, como o método a ser adotado em nossas escolas em 1921). Logo após, o grande movimento esportivo, que perpetua modelos de igualdade para todos até hoje. A psicomotricidade e as condutas motoras ganharam fama nos anos 70.
Finalmente, à partir da década de 80 até nossos dias, o conceito de Cultura
Corporal foi desenvolvido (norteia as bases do conhecimento específico da área
Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.4, n.4/5, jan./dez. 2004 – ISSN 1679-8678
de educação física com os conteúdos: jogos, ginástica, esportes, lutas, dança e outros pertinentes à região geográfica ou