Gilberto Freyre
Gilberto de Melo Freyre nasceu em 15 de março de 1900, em Recife, estado do Pernambuco, em seus estudos e trabalhos fez carreira acadêmica em artes plásticas, jornalista, cartunista e escritor. No início dos anos 20, estudou Ciências Sociais e Artes nos Estados Unidos.
Retornou a Recife em 1924, partindo novamente depois da Revolução de 1930. Lecionou nos EUA, na Universidade de Stanford, em 1931 e depois viajou para a Europa. Retornou para o Rio de Janeiro em 1932, dedicou-se a escrever a obra “Casa Grande & Senzala”.
“Casa Grande & Senzala”, publicado em 1933, revolucionou a historiografia, ao invés de se guiar por fatos cronológicos o livro abordava o cotidiano histórico, os relatos orais, documentos pessoais, manuscritos privados e públicos. No livro trabalho utilizando conhecimentos de antropologia e sociologia como forma de interpretar os relatos de estudo .
Eleito deputado federal pela UDN (União Democrática Nacional) em 1946, trabalhou na constituinte contra o racismo, ao denunciar a presença de racistas e nazistas no país, foi preso em 1942. Em 1954, apresentou idéias para mitigar os conflitos raciais na Assembléia Geral das Nações Unidas.
Em 1962, a escola de samba Mangueira o homenageou com um enredo inspirado na obra “Casa Grande & Senzala”. Em 1971, a rainha Elizabeth lhe conferiu o título de Sir, Cavaleiro do Império Britânico. Faleceu em 18 de julho de 1986, em Recife.
Influência no Brasil e no mundo
Gilberto Freyre é um dos autores mais influente do Brasil e do mundo . Suas idéias se vêem em muitos dos romancistas brasileiros (José Lins do Rego, Jorge Amado, até Chico Buarque e no tropismo sociológico de tantos mais), na música popular, no cinema (Glauber Rocha, Cacá Diegues, Walter Salles Jr.), na crônica como a esportiva (ele prefaciou O Negro no Futebol Brasileiro, de Mario Filho, irmão de Nelson Rodrigues, que sempre falava na “saúde de vaca premiada”