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As opções de Lenine: Mais vale menos, mas melhor (1923)
Há cinco anos que nos esforçamos para aperfeiçoar o nosso aparelho de Estado. […] É necessário adoptar esta regra: mais vale menos, mas melhor. […]
Por que não […] admitir uma fusão do organismo de controlo do Partido com o do Estado? Por mim, não veria nisso nenhum inconveniente. Pelo contrário, creio que esta fusão é a única garantia de uma actividade fecunda. […] O traço mais característico da nossa actual situação é o seguinte: destruímos a indústria capitalista, esforçámo-nos por destruir completamente as instituições medievais, a propriedade senhorial e, com base nisto, criámos o pequeno e o muito pequeno campesinato, que seguem o proletariado, confiantes nos resultados da sua acção revolucionária.
No entanto, não é fácil mantermo-nos, até à vitória da revolução socialista nos países desenvolvidos, apoiados apenas nesta confiança. Não é fácil, porque o pequeno e o muito pequeno campesinato permanecem […] num nível extremamente baixo de produtividade de trabalho.
Além disso, a situação internacional faz com que a Rússia tenha sido lançada para um plano secundário; faz com que, globalmente, a produtividade do trabalho nacional seja hoje sensivelmente mais baixa, no nosso país, do que antes da guerra. As potências capitalistas da Europa Ocidental […] fizeram o possível por nos afundar, por aproveitar a guerra civil na Rússia, para arruinar ao máximo o nosso país. […]
Que táctica é que este estado de coisas impõe ao nosso país? […] O que nos interessa é a táctica que nós, Partido Comunista da Rússia, nós, poder dos Sovietes da Rússia, devemos seguir para impedirmos que os Estados contra-revolucionários da Europa Ocidental nos esmaguem. Devemos procurar construir um Estado em que os operários conservem a sua direcção sobre os camponeses […]. Devemos procurar o máximo de eficácia no nosso aparelho de Estado. Devemos expurgá-lo dos excessos