Gestão
Como o campo dos serviços é, efetivamente, um dos mais delicados a serem explorados, pois sua própria fronteira é um problema, este artigo tentará aumentar o nosso entendimento do setor, suas características fundamentais e com certeza melhorará significativamente os nossos conhecimentos.
Na classificação tripartite dos setores da economia, os serviços representam o setor terciário e os outros componentes, como: a agricultura e as atividades de mineração ou industriais constituem os setores primário e secundário, respectivamente. Segundo Téboul (1999:8), “o setor de serviços engloba, então, todas as atividades cuja produção não é nem um bem físico, nem uma edificação”. A partir desta primeira classificação, os autores clássicos concluem: o que caracteriza o serviço é a simultaneidade do consumo e da produção. Esta classificação oferece aos serviços uma natureza imaterial, assinalada pelo economista do século XVIII, Adam Smith, que os descreveu como “perecendo no próprio momento de sua criação”.
Esta percepção está largamente ancorada ao longo da história econômica e encontra-se tanto entre os partidários de Adam Smith quanto de Karl Marx. Outra razão, a mais importante a nosso ver, reside no caráter negativo da definição do serviço. Segundo Adam Smith: o trabalho de certos membros da sociedade pertence às ordens mais respeitáveis, enquanto o trabalho dos servidores subalternos é desprovido de qualquer valor agregado e não se transforma ou se realiza em nenhum bem vendável que se mantenha após a sua realização. É preciso colocar nesta mesma categoria, ao mesmo tempo, certas profissões mais sérias e importantes, e outras mais frívolas: clérigos, advogados, médicos, pessoas das letras, desportistas,