Gestão
I - Introdução.
Escrever um artigo sobre este tema em 9/10 páginas pode parecer ousadia, alienação, arrogância ou, no limite, não ter a menor idéia do que se está falando/escrevendo.
Escrever sobre este tema, na verdade é uma tentativa de refletir (e de jogar gasolina no fogo) sobre ele de uma forma mais histórica e humanística; e esperar para ver o que vai dar.
Na verdade, isto começou quando conversava com Letícia Santos* sobre o CONARH1 deste ano. Segundo ela, foi um evento muito bonito, mas tanto ela quanto algumas pessoas consultadas por ela, o que se fala num evento como este, está muito distante da prática na maioria das empresas brasileiras.
Na verdade o desabafo de Letícia é o raios-x do que acontece nas empresas, no que diz respeito ao RH. Fala-se uma coisa e pratica-se outra.
Assim, e por conta dessa conversa telefônica com Letícia, foi que decidi me arvorar a refletir um pouco sobre este tema movediço e um pouco tabu entre os profissionais da área.
Quero de antemão alertar que este artigo será uma reflexão intuitiva; e que é dirigido aos gestores de RH e/ou aos profissionais da área, que sejam mais sêniores, visto que se quisermos ter empresas melhores, mais produtivas, felizes etc; deveremos mudar nossa prática, que é herança (ainda) dos ideais tayloristas-fordistas do século XIX.
II – Desenvolvimento.
II.1 - A Era Mecanicista de Taylor, Fayol e outros.
A Era Industrial marca o início do desenvolvimento do capitalismo industrial, bem como o crescimento da produção de massa e, no seu bojo, o surgimento das novas populações urbanas; e, mais à frente, o proletariado como sua marca principal.
A era da industrialização não é só a era da inserção da máquina na produção e na produtividade das empresas industriais da época. A Era Industrial (1780 a 1950) foi a era responsável por mudanças radicais na relação capital versus trabalho e, no limite, na mudança no comportamento