gestão a brasileira
A Usiminas é uma gigante do setor siderúrgico brasileiro, sendo também a maior fabricante de aços planos da América Latina. No início de 2009, a organização contava com 30 mil funcionários e sua receita anual aproximava-se de R$ 14 bilhões. Um dos principais responsáveis pelo sucesso experimentado pela empresa foi Rinaldo Campos Soares, que presidiu a siderúrgica por nada menos do que 18 anos seguidos.
Ao longo desse período, e estilo de gestão de Rinaldo incrustou-se na cultura organizacional da empresa. Em decorrência disso, a tomada de decisões na companhia era centralizada nas mãos de poucos gestores, que concentravam grande parte do poder em suas mãos. Além disso, o paternalismo com que o presidente cuidava de seus funcionários e os protegia era aparente e acabou por se tornar um traço característico da cultura Usiminas. A formalidade das práticas na companhia e a aversão ao risco de seus administradores e funcionários também eram exemplos claros de como o estilo de direção do presidente havia influenciado a companhia como um todo. O reduzido gosto pela incerteza pode ser exemplificado pelo baixíssimo endividamento da Usiminas (próximo de R$ 1 bilhão, contra R$ 4 bilhões da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN) e também é fruto do pensamento japonês da controladora Nippon Steel, que considera uma dívida pequena sinônimo de saúde financeira. Em junho de 2008, entretanto, foi anunciada a saída de Rinaldo Soares da presidência da empresa. Após 18 anos no cargo, e em função de algumas divergências com grupos de acionistas, havia chegado a hora de o executivo ser substituído por outro profissional. O escolhido foi Marco Antonio Castello Branco que, por seu espírito inovador e afeição à mudança foi incumbido de promover uma verdadeira revolução na Usiminas. Além disso, o novo presidente deveria fazer com que a companhia elevasse seu ritmo de crescimento e reduzisse os custos operacionais, principalmente aqueles ligados às