Gestão escola
Neste sentido, esta pesquisa teve como propósito investigar em que medida a gestão democrática, entendida como espaço plural de partilha de poder e negociação de conflitos, vem, de fato, se construindo na prática da escola pública potiguar. Isto, levando em conta que, a política educacional deste estado nestes últimos dez anos, em nível do que é proclamado, propõe uma gestão "dita" democrática na escola, assumida através do processo de escolha de diretores escolares e da institucionalização de mecanismos colegiados.
A discussão sobre a gestão democrática na escola nos remeteu a situar os marcos oficiais que se voltam para o processo de gestão colegiada, considerando o contexto nacional e local em que as mesmas se inserem, e as condições reais em que elas se efetivam.
Esta temática tem obtido espaço significativo, nos últimos anos, em estudos de diversos pesquisadores (HORA; PARO; PRAIS; SOUZA; VIEIRA; BACERLAR; BOBBIO; COTRIM. CURY, dentre outros). Estudos nos quais são abordadas as limitações e perspectivas, no que se refere ao processo democrático na escola, eleições de diretores, organização escolar e pedagógica, bem como sua repercussão nessa instituição.
De modo geral, esses estudos procuram intercalar a análise das políticas locais com a realidade vivenciada por seus atores, demonstrando tanto experiências isoladas de gestão democrática, que têm conseguido (re)direcionar os encaminhamentos num melhor entrosamento entre os seus agentes, como também dão conta de movimentos permeados de muitas dificuldades e resistências de ordem interna e externa à escola.
Assim, o Rio Grande do Norte, de maneira específica, o município de Serrinha, mostrou-se como um interessante local de pesquisa, por ser um dos