Gestão educacional empresarial
Rosemeire Aparecida Garcia Betiati - SEED
José Santo Dal Bem Pires - UEM
1 Introdução
As mudanças vivenciadas na sociedade, principalmente nas décadas de 80 e 90, cujas marcas são a transnacionalização da economia, o intercâmbio quase imediato de conhecimentos, novos padrões sociais e culturais e novas tecnologias da comunicação, dentre outros fatores, têm provocado alterações no papel dos estados nacionais e na organização das políticas públicas. Em relação à educação, segundo Abu-Duhou
(2002), um efeito deste processo é o movimento de descentralização da gestão escolar, hoje percebidos como uma das mais importantes tendências das reformas educacionais em nível mundial.
A crença de que cada vez mais problemas presentes nos países em desenvolvimento são causados pela educação e que ela é também a solução para esses problemas, tem servido de justificativa às propostas de redefinição das políticas públicas educacionais e ao reordenamento da gestão educacional no sentido de fortalecer a autonomia nas unidades escolares.
Muitos são os documentos oficiais e a bibliografia que têm sido produzidos sobre a questão da gestão autônoma das escolas. Em muitos deles discute-se o papel do diretor tendo por base o novo modelo de gestão escolar.
Considerando essas fontes pretende-se buscar subsídios para definir qual o papel que se configura para o diretor de escola nesse contexto.
Abordar o papel do diretor à luz de um referencial teórico é importante para o processo educacional, pois, conforme veiculado na Revista
Gestão em Rede, do CONSED - Conselho
Nacional de Secretários de Educação, veículo de comunicação do Projeto Renageste - Rede
Nacional de Referência em Gestão Escolar:
O diretor - cidadão, educador e político - é a pessoa de maior importância e de maior influência individual numa escola. Ele é responsável por todas as atividades na escola e pelas atividades que ocorrem ao seu redor e