O papel das lideranças no êxito de um sistema de educação corporativa
O PAPEL DAS LIDERANÇAS NO ÊXITO DE UM SISTEMA DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA
Marisa Eboli
FEA-USP
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Após finalizar minha tese de doutorado, em 1996, em que uma das principais conclusões foi a estreita associação entre educação, modernidade e competitividade, o foco principal de minhas atividades profissionais nas áreas de docência, pesquisa e consultoria tem sido o tema Educação Corporativa. Ao longo desses anos, surpreendo-me ao ver o quanto esse assunto ganhou notoriedade, tanto na esfera das empresas públicas e privadas como na própria academia. O conceito de Universidade Corporativa (UC) no Brasil começou a ser adotado no início da década de 1990. A primeira experiência de implantação foi a da Academia Accor, em 1992. Em seguida surgiram a Universidade Martins do Varejo, em 1994; a Universidade Brahma, em 1995; a Universidade do Hambúrguer, do McDonald’s, em 1997; o Visa Training, criado em 1997 e que
originou a Universidade Visa, lançada oficialmente em 2001; a Universidade Algar, fundada em 1998; a Alcatel University e o Siemens Management Learning, em 1998; a Boston School do Bank Boston e a Universidade Datasul, implantadas em 1999. Com isso, na década de 1990, em torno de 10 empresas constituíram suas UCs. A partir de 2000 é expressivo o crescimento dos casos de UCs no Brasil. Para se ter uma idéia, hoje são aproximadamente 150 organizações brasileiras ou multinacionais, tanto na esfera pública quanto na privada, que já implantaram e estão operando seus Sistemas de Educação Corporativa (SEC). Dentre as perguntas (ou confusões) mais freqüentes em torno do assunto que me foram dirigidas nos últimos anos em aulas, palestras e congressos, destacam-se: • educação corporativa é de fato uma necessidade ou é apenas mais um modismo na área de ges-
tão empresarial? • qual a diferença conceitual entre Educação Corporativa e Universidade Corporativa? •