Gestão dos custos
Para ser bem-sucedida nesse aspecto, a empresa deve implantar em seu ambiente operacional uma tecnologia de gestão compatível com as suas necessidades gerenciais de controle dos elementos que compõem seus produtos, de avaliação dos resultados, de análise de margens de contribuição, de tomada de decisões de mudanças em processos de produção, de análise dos benefícios da utilização de tecnologias avançadas de produção e de apoio ao planejamento estratégico da organização.
A busca de um sistema de gestão de custos que atenda a essas necessidades deverá ser empreendida mediante um prévio conhecimento por parte da empresa sobre as dificuldades com as quais poderá se defrontar neste percurso.
O presente artigo tem como objetivo tecer alguns comentários que possam ser úteis no sentido de elevar a compreensão sobre tais dificuldades. Esses comentários resultam de reflexões da autora baseadas em sua experiência como consultora na implantação de sistemas de custos, em empresas de diversos ramos de atividade. As dificuldades usualmente encontradas foram sistematizadas através de uma base teórica e agrupadas em três áreas distintas: uma delas refere-se a aspectos conceituais; outra enfoca a compatibilização de objetivos; e a última considera os obstáculos na implantação, propriamente dita.
No nível das questões conceituais, é muito comum a verificação de uma dicotomia entre o conceito real de custos – fundamentado no uso dos recursos (materiais, mão-de-obra, equipamentos e tecnologia) e na exigência que estes recursos demandam pela sua remuneração na forma de salários, manutenção, impostos, retorno, que se traduzem em custos – e o habitual conceito utilizado para os custos sob a visão apenas monetária que eles representam.