Gestão do conhecimento
Fundamentos da GC Síntese do capítulo 1- Dalkir Kimiz Fabiana Besen
O cenário organizacional sofreu muitas alterações nas últimas décadas, pois as empresas, de um modo geral, precisaram adequar sua forma de atuação, no intuito de ser mais flexível e ágeis para se manterem competitivas em seu mercado. A compreensão dessas mudanças passa pelo fato de que os fatores de produção tradicionais (capital, trabalho e terra) deixaram de ter o papel principal como geradores de riqueza em nossa sociedade atual e o valor dos produtos e serviço dependem cada vez mais do percentual de inovação, tecnologia e inteligência a eles incorporados. Neste contexto, o conhecimento passou a ser o ativo principal de uma organização. As pessoas, por sua vez, assumiram um papel fundamental neste ambiente competitivo que vivemos, visto que o conhecimento existe dentro das pessoas. Assim, o capital intelectual de uma empresa está associado ao conhecimento humano que é dividido em tácito e explícito. O conhecimento tácito é pessoal incorporado à experiência individual e envolve fatores intangíveis como, por exemplo, crenças pessoais, perspectivas, sistema de valor, insights, intuições, emoções, habilidade. Já o conhecimento explícito pode ser articulado na linguagem formal e pode ser facilmente transmitido, sistematizado e comunicado. Esses dois tipos de conhecimento são unidades estruturais básicas que interagem e se complementam, constituindo a principal dinâmica da criação do conhecimento organizacional. Devido ao papel estratégico atribuído ao conhecimento, a partir do final da década de 80, iniciou-se um movimento na direção da Gestão do Conhecimento (GC), surgindo vários eventos e artigos publicados sobre o tema. Contudo, apesar da evolução, a definição do termo GC não é consensual, pois sua natureza é multidisciplinar e, portanto,