Gestão de pessoas
1 -Por que é importante a análise dos fatores históricos no estudo de uma profissão?
O estudo das profissões nunca foi um campo importante em qualquer das ciências sociais. Com efeito, até há pouco, os estudiosos europeus o consideravam um vício peculiarmente anglo-saxão. Mas isso tem mudado. Nos últimos dez anos, mais ou menos, historiadores de uma série de nações têm elaborado histórias de uma variedade de profissões não apenas de profissões liberais reconhecidas convencionalmente, como advogados, médicos e engenheiros, como também de estudiosos e cientistas de disciplinas praticadas inteiramente no âmbito da universidade. Cientistas políticos e sociólogos têm efetuado estudos comparativos no seu próprio país e em outros países. Até mesmo os economistas têm demonstrado interesse. Uma grande quantidade de material já foi coletada e cada vez mais se torna disponível, de um ano para outro.
Esse recente aumento de interesse pelas profissões pode ser explicado em termos práticos pelo fato de as profissões e os profissionais terem se tornado tão numerosos e importantes, nos países industriais avançados, que não podem mais ser ignorados. Houve um constante aumento nas ocupações de formação universitária, que ganharam posições privilegiadas tanto no serviço público civil como no mercado privado, o mesmo ocorrendo quanto à proporção de profissionais na força de trabalho como um todo. Não obstante, devido à falta de qualquer consenso sobre as ocupações que deveriam ser estudadas e sobre o tipo de informação que deveria ser coletado a seu respeito, a maioria dos estudos é apenas toscamente comparável, mesmo quando eles examinam a mesma ocupação.
Às dificuldades específicas do campo se soma a ausência de um quadro de referência teórico, que possa extrair sentido imediato das profissões e relacionar seu estudo a campos sociológicos mais amplos. A nova teoria de classe foi certamente uma tentativa nesse sentido, mas, como mostra a recente e ampla