Gestão de pessoas
ORGANIZACIONAL 1
INTRODUÇÃO
A crescente competitividade do ambiente empresarial tem feito aumentar a necessidade de mudanças nas organizações. A capacidade de mudar é sinônimo de sobrevivência. A velocidade das transformações torna indispensável que as empresas sejam capazes de gerar novas respostas a cada momento (Gaibraith et al., 1995; Lawler III, 1996).
A cultura organizacional é um dos fatores críticos na concepção e implementação de processos de mudança (Davis, 1984; Thévenet, 1989; Schein, 1989; Kotter, 2000), pois pode inibir as mudanças estratégicas ao produzir uma miopia estratégica, já que os gerentes vêem os eventos através de um conjunto de crenças dessa cultura — que tem sido seu guia efetivo desde o passado, e sua resposta natural é mantê-lo. Mesmo quando conseguem superar essa miopia, reagem aos eventos de mudança de acordo com tal cultura (Sapienza, 1990; Lorsch, 1990).
Para o administrador não é suficiente identificar a cultura da organização e a influência que ela exerce no processo de gestão. É essencial que ele compreenda como essa cultura é transmitida ou aprendida pelos participantes da organização, o que possibilita seu gerenciamento. Nesse ponto, a análise do processo de socialização organizacional — entendido como "o processo pelo qual uma pessoa aprende valores, normas e comportamentos exigidos, o que lhe permitirá participar como membro de uma organização, e esse processo é contínuo durante toda a carreira do indivíduo na organização" (Van Maanen, 1976) — pode lançar luz na compreensão do que está sendo feito para adaptar os novos empregados à cultura organizacional (Anthony, Perrewé e Kacmar, 1996; Robbins,
1998). Falhas na condução do processo de socialização dos empregados podem provocar (Schein,
1971; Wanous, 1992):
rejeição, que pode levar o empregado a ser expelido da organização ou a canalizar sua energia contra os objetivos da empresa;