Case – O Brasil Pede GolCom experiência no transporte rodoviário, o grupo Áurea Administração e Participações, holding que controla 36 empresas e faturamento de R$ 1 bilhão no ano de 2000, decidiu enfrentar um novo desafio. A partir de estudos que indicavam um índice de 95% da população brasileira sem acesso a viagens por avião, o grupo vislumbrou uma oportunidade no mercado, de atuar com uma empresa aérea, prestando serviços diferenciados. Havia espaço para disputar o segmento de vôos domésticos, desde que a operação fosse baseada no conceito de low cost, low fare, ou seja, baixo custo, baixo preço.Com 170 milhões de habitantes, o Brasil registra apenas 36 milhões de passageiros em vôos domésticos por ano, ou seja, um vôo para cada cinco pessoas. Nos Estados Unidos, para uma população de 250 milhões de pessoas, o número de passageiros em vôos domésticos atinge 700 milhões, ou seja, quase três viagens anuais por habitante. Além disso, o Brasil também apresenta um grande potencial de público excluído de viagens aéreas. Segundo pesquisas, cerca de 25 milhões de pessoas da classe C, podem se tornar passageiros de vôos domésticos, desde que se ofereça segurança, serviço eficiente e, principalmente, preços acessíveis. Ao analisar as oportunidades do mercado, o grupo concluiu que era possível oferecer preços baixos e ao mesmo tempo atingir seu objetivo de lucro.Criada em agosto de 2000, com o objetivo de transportar dois milhões de passageiros no primeiro ano, a Gol Transportes Aéreos iniciou suas operações cinco meses depois, oferecendo os menores preços do mercado. Implantou a filosofia low cost, low fare. Sua frota padronizada de aviões Boeing 737-700 Next Generation novos, economiza em combustível, manutenção e reposição de peças.A Gol consegue aplicar preços menores e ao mesmo tempo atingir metas de rentabilidade: no processo de bilhetagem, a empresa realiza toda a operação via computador, desde a consulta, a compra e a reserva, emitindo um único ticket, que dá