Gestão das Incorporadoras
Os últimos anos foram promissores para a economia brasileira. O Brasil fortaleceu sua economia conseguindo através de políticas governamentais, expandir os empregos formais, reduzir as taxas de juros, e entre outras coisas, aumentar o crédito imobiliário.
O enorme déficit habitacional brasileiro aliado às políticas governamentais de incentivo para o setor imobiliário, como os programas “Feirão da Caixa” e “Minha Casa, Minha Vida” sustentaram o “boom imobiliário”, e na esteira deste crescimento, as grandes incorporadoras se fortaleceram ainda mais com o momento de alta liquidez nas bolsas de valores, principalmente a partir de 2005, aumentando o capital para empreender novos projetos. É um mercado pró-cíclico, ou seja, avança com o crescimento da economia e acaba por desencadear toda a cadeia produtiva, fortalecendo ainda mais a economia.
Com o cenário favorável às grandes incorporações imobiliárias, deu início a uma grande disputa principalmente entre as empresas com capital aberto, em que a estratégia era comprar grande quantidade de terrenos, promovendo o maior número de lançamentos imobiliários. A disputa também expandiu fronteiras, e as incorporadoras passaram a investir em outras regiões do país e alternar o segmento de médio e alto padrão para empreendimentos populares.
Com a expansão para novos mercados, houve a necessidade de realizar parcerias com construtoras locais, que seriam responsáveis pelo gerenciamento e execução das obras, com isto o custo indireto da descentralização aumentou, e este foi apenas um dos problemas provocados pelo péssimo modelo de expansão adotado pelas grandes empresas. Algumas parcerias não deram certo, porque as empresas locais contratadas perdiam fôlego financeiro e comprometiam os prazos de entrega.
O ritmo de crescimento continuava acelerado, e a pressão para cumprimento dos prazos e qualidade da obra, desmascarou a incapacidade das empresas em executar e entregar as obras nos