gestão contemporânea de pessoas
O termo mudança não é novidade no campo da gestão de empresas. Nos últimos tempos, tem sido essa a palavra de ordem nas organizações. Em muitas delas, tem resultado em importantes e visíveis transformações, tanto no campo da criação e produção de bens e serviços como no relacionamento com clientes, fornecedores e comunidades. Uma pesquisa realizada entre empresas de várias regiões e países acerca dos fatores que foram decisivos em propostas de mudanças exitosas, com certeza, destacaria alguns princípios e práticas gerenciais, como a difusão dos valores da organização, a definição de estratégias, a qualidade de produtos e serviços, a rapidez de confiabilidade das informações, a capacidade de medir e avaliar, etc. E continuando, alguns deles seriam mais importantes em alguns mercados que em outros, pois a relevância de cada um desses princípios e práticas gerenciais está sujeita às condições de adequação ao contexto.
Entretanto, não estaremos sendo precipitados, nem superficiais, se afirmarmos que pelo menos um fator seria consensual como sendo fundamental nos processos de mudanças exitosos: a capacidade de mobilizar pessoas. “Nada acontece sem as pessoas”, é o que se diz no dia a dia das empresas. Lugar comum, sim, porém nada mais verdadeiro. Não é por acaso que, em muitas organizações, a gestão de pessoas fica sob responsabilidade do presidente.
Essa consciência relativamente tardia da importância das pessoas na organização está, em nosso entender, na origem da transição gestão de recursos humanos para gestão de pessoas. Muito mais do que uma mera alteração de rótulo, ela pretende expressar as redefinições nessa área da gestão que incluem novas dimensões e complexidades. Aparentemente, a retórica da “importância dos recursos humanos” tem cedido espaço à percepção efetiva de que “nada acontece sem as pessoas”. E porque gestão de pessoas? Na verdade, essa expressão tenta traduzir as dimensões da complexidade em torno da