gestaçáo
Paciente portadora de diabetes mellitus tipo 1 desde 11 anos de idade. Com avôs também portadores da doença. Em uso de insulina 34 NPH +11 regular (manhã)+ 8 regular (pos- almoço) 14 NPH + 3 regular. Submetida a cirurgia de visão há 1 ano. Refere amaurose a direita e visão parcial a esquerda. Tabagista 15 cigarros/dia.
No dia 29/02/2012 paciente avaliada em bom estado geral, com hábitos fisiológicos preservados, queixas ou intercorrências. Mamas lactantes, útero normocontraído, lócus fisiológicos e ferida pós-operatória limpa, com ausência de sinais flogistico.
RN nasceu com 1,870 Kg e APGAR 6/8 encaminhado para CTI devido IG.
Segundo Golbert at all(2008) citado por Mills J, Knopp RH, Simpson JL, et al a gravidez na mulher diabética está associada com o risco aumentado tanto para o feto quanto para a mãe. Existe aumento da prevalência de anomalias congênitas e abortamentos espontâneos nas mulheres diabéticas que engravidam com mau controle glicêmico durante o período de organogênese fetal, que praticamente se completa com sete semanas de gestação. A mulher pode nem saber que está grávida neste período, por esta razão, são fundamentais o planejamento da gravidez e a manutenção de bom controle antes da concepção.
Golbert at all(2008) citado por Kitzmiller JL fala que se a hiperglicemia materna ocorrer após o segundo trimestre, durante os estágios de crescimento e desenvolvimento da gravidez, o feto pode apresentar os problemas clássicos do filho de mãe diabética:macrossomia, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, policitemia e síndrome de desconforto respiratório.
Portanto, o tratamento da mulher com diabetes que pretende engravidar deve iniciar-se no planejamento da gestação, com a tentativa de se obter normoglicemia na pré-concepção e manutenção