Gestao social
|Curso |Administração |
|Disciplina |Gestão Social |Período |2011/1 |
SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
(Domingos Oliveira Medeiros)
Em boa hora, alguns juízes eleitorais resolveram exigir, para registro de candidatos a cargos eletivos de vereador e prefeito, a comprovação de que não são analfabetos, em cumprimento às determinações insertas na Constituição Federal, mediante aplicação de teste, contendo pequena interpretação de texto e algumas contas simples de soma e subtração. Na região do Entorno do DF, na cidade goiana de Águas Lindas, cerca de 50 candidatos, de um total de 260 convocados, foram reprovados. Os candidatos não acertaram o mínimo exigido de 30% da prova, ou seja, 18 das 59 questões. Em média, os candidatos acertaram entre 23 e 30 itens. Para o juiz, o resultado, previsível, reflete a falta de escolaridade do povo brasileiro. Em outros locais, foram aceitos comprovantes de escolaridade, alguns dos quais emitidos, segundo a imprensa, há vinte anos, pelo município de nascimento do candidato, fato que, convenhamos, deveria merecer tratamento melhor adequado, do ponto de vista educacional. A imprensa reuniu algumas pérolas, como, por exemplo: antônimo de escuro, responderam preto; para sinônimo de odor, “fidido”; de doença, catapora; Em matemática, para a expressão do tipo 2+21+5+10-8, responderam 860, 530 ...quando o correto, e de fácil conclusão, é 30. A reportagem colheu a indignação de um candidato reprovado que assim se fez expressar: “O homem não precisa saber ler ou escrever. Mais importante é honestidade e dignidade. Há pessoas formadas ajudando a afundar o país. O juiz não poderia privar alguns do direito de ser defensor da comunidade”. Esta frase remete à