Gestao em saude
A tese apresenta o seguinte resumo da Autora:
"A autora expõe resultados de pesquisa destinada a conhecer e analisar os antecedentes mais imediatos que deram lugar à iniciação do processo de formação de médicos sanitaristas no Brasil em 1926, processo esse que, com mudanças substantivas, continua até hoje. Situadas numa perspectiva histórica, político-ideológica e institucional, seis vertentes em relação a esse evento foram examinadas: 1) A expansão do movimento sanitarista mundial que chegou até a América Latina através de uma rede de instituições comandadas pelos Estados Unidos desde 1902, rede essa que a autora denominou "conexão sanitária internacional" e da qual destacaram-se os pressupostos e as estratégias de atuação da Oficina Sanitária Pan-Americana e, principalmente, da Fundação Rockefeller e sua Comissão Sanitária Internacional, cuja sede para América Latina foi o Brasil até 1942. 2) Após o término da I Guerra Mundial e a definitiva instauração da hegemonia do capital norte-americano, observa-se uma rápida expansão dessa "conexão", a par que no Brasil acirra-se a discussão "nacionalismo x pan-americanismo", cujos reflexos na área da saúde são estudados, bem como o confronto entre projetos políticos ligados à higiene "tradicional" e aqueles de cunho modernizante preconizados pelos sanitaristas pró-modelo americano de organização de serviços de saúde e de formação técnica de dirigentes para as novas instituições. 3) Esta segunda corrente triunfa com a Reforma Sanitária de 1920-23, cuja análise é feita mediante a comparação entre as propostas do discurso e as medidas racionalizantes de fato implementadas. 4) Tendo como pano de fundo as profundas contradições que vive a sociedade brasileira nos anos 20, é situada a atuação do cientista Dr. Carlos Chagas como executor da