gestao de empresas
TÂNIA CASADO
1. Introdução
Como ser social, o homem possibilitou e garantiu a vida social através dos diferentes sistemas de comunicação que desenvolveu. Ao interagir com seus semelhantes utilizando um código comum, inteligível, o homem faz mais do que informar e ser informado sobre as coisas do mundo: ele agrega novas formas de organização do próprio pensamento, adquire novos pensamentos e amplia a consciência de si próprio, de seu lugar no mundo e de sua responsabilidade social.
As organizações, como mais um cenário do desenrolar dos papéis do homem, oferecem inúmeras possibilidades de comunicação. Ao mesmo tempo, para sua sobrevivência e aprimoramento, dependem de processos de comunicação cada vez mais claros, fidedignos e apropriados.
Ao escrever sobre o papel do gestor, Mintzberg (1973) relata a contraposição entre as características classicamente associadas ao papel do gestor e as respostas que obteve em pesquisas com gestores ac&rca de suas atividades mais freqüentes. Eles relataram que sua atividade principal e mais freqüente é estar em interação, em comunicação contínua com subordinados, pares, clientes e fornecedores,
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atendendo a demandas organizacionais como reuniões, almoços e festas da empresa, negociando contratos, concedendo entrevistas, redigindo pronunciamentos — enfim, o tempo todo envolvidos com a comunicação. Como Mintzberg ressalta, essas atribuições são de natureza muito diferente do clássico “planejar, dirigir, coordenar, controlar”.
A freqüência e a prática, contudo, não parecem trazer frutos expressivos à melhora dessa habilidade tão necessária à vida nas organizações. A constatação é feita por todos que, de alguma forma, interagem nos ambientes empresariais. Distúrbios na comunicação são encontrados em todos os segmentose níveis hierárquicos das empresas. Não há quem não apresente um exemplo de problema ocasionado por falha do processo de comunicação.
Neste capítulo, serão