Gestalt aplicada a grupos

GeSTALT APLICADA À GRUPOS

Introdução:

Em 1910 Max Wertheimer estava viajando de férias num trem de Viena para a Renânia, quando no caminho olhou para um sinal ferroviário que continha duas lâmpadas. Uma lâmpada se acendia e pouco depois se apagava, após um tempo bem pequeno, a outra lâmpada passava pelo mesmo processo. Wertheimer, animado com o processo pensou em fazer um experimento. Desse experimento, em 1912, Wertheimer publica um artigo em que discute as teorias que poderiam ser utilizadas para explicar o movimento fi. Para ele, esse movimento tratava-se de um processo total e continuo, uma Gestalt. Esse substantivo alemão, “Gestalt”, desde a época de Goethe apresenta dois significados diferentes: (1) forma; (2) uma entidade concreta que possui entre seus vários atributos a forma. Esse segundo significado que os seguidores da Gestalt de grupo utilizam. Wertheimer, nos anos que se seguiram a 1912, aponta que as Gestalten são diferentes do que se chamava na época de sensações. As que são percebidas em primeiro lugar podem ser decompostas em partes, mas essas partes são sempre partes da Gestalt formadora. Para essa teoria está errada a sentença “o todo é mais do que a soma dos elementos”, a Gestalt é anterior à existência das partes (ENGELMANN, 2002). Assim, os estudos sobre a Gestalt se iniciaram pela percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas estavam preocupados em entender os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito de uma forma diferente do que ele é na realidade. Como exemplo disso temos o cinema, em que uma fita cinematográfica é composta de fotogramas com imagens estáticas, sendo que o movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica causada pelo fenômeno da pós-imagem retiniana (qualquer imagem que vemos demora um pouco para se 'apagar' em nossa retina). As imagens vão se sobrepondo em nossa retina e o que percebemos é um movimento (BOCK, 2004). Segundo Bock (2004), a