Percepção

1. INTRODUÇÃO
Giordane (2010) Durante muito tempo a Gestal-terapia foi apontada como uma abordagem sem teoria, sendo apenas um aglomerado de técnicas. Hoje reconhecemos que a Gestalt vem se tornado cada vez mais uma abordagem embasada, com um amplo campo teórico-prático e inúmeros estudos sendo realizados, ampliando assim a sua literatura. A Gestalt-Terapia se apresenta como uma psicoterapia vivencial que enfatiza a consciência do aqui-e-agora, por meio do foco de “como” o fenômeno nos é apresentado, muito mais do que no “por quê”, assim, na aplicação prática podemos pensar no processo psicoterapêutico em si, além da utilização adequada dos experimentos.
Em Gestalt-Terapia, segundo Giordane (2010), o experimento é um evento orientado pelo psicoterapeuta, no qual o cliente experiencia uma situação em que ele é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto de investigação. É uma possibilidade de sair da polarização e da racionalização que impede a motivação para a ação. Não é um ensaio, é a abertura para o desenvolvimento do auto-suporte com espontaneidade, é a transformação sistemática da conduta que surge da experiência pessoal do cliente. É a aprendizagem através da vivência, é transformar um falar em fazer. O tipo do experimento depende dos conteúdos da pessoa, do que ela vivencia no aqui e agora, e do conjunto de experiências de vida de ambos, cliente e psicoterapeuta. De acordo com Erving Polster (2001, p. 239).
Ele combina a realidade “La de fora” com sua experiência interior, e a síntese é uma descoberta, até para ele próprio. O mesmo acontece no experimento terapêutico. O individuo não está tentando apenas reproduzir algo que já aconteceu ou que poderia acontecer. Em vez disso, ele se relaciona com a realidade exterior, expressando suas necessidades nesse momento de tempo. Ele não está ensaiando para um acontecimento futuro nem refazendo algo que já aconteceu, mas experimentando no presente qual sensação de fluir com awareness para a ação experimental.
O principal