Gerência de risco: uma visão global
Este trabalho não tem a intenção de esgotar o assunto “Gerência de Risco” e muito menos deixá-lo limitado aos conceitos aqui apresentados. O intuito é despertar nas empresas que o tratamento dos riscos a que estão expostas não se limita às contratações de seguros. Essa tradição de que risco é resolvido com contratação do seguro vem da sua própria definição: “o risco é o objeto do seguro”.
A matéria é extensa e complexa, pois envolve conhecimentos especializados de diversas matérias e segmentos, que, uma vez não identificados e organizados, poderão deixar as empresas à própria sorte dos riscos a que estão submetidas.
O gerente de risco de uma empresa deve, necessariamente, ter profundo conhecimento da atividade da empresa e percepção dos riscos em potencial, pois, caso contrário, a matéria perderá toda a base racional, convertendo-se em “puro jogo”.
A análise de risco deverá ser usada em conjunto com a confiabilidade, esta definida como a probabilidade de um componente, dispositivo, produto, equipamento ou sistema desempenhar satisfatoriamente suas funções por determinado período de tempo, sob um dado conjunto de condições de operação. Essa visão conjunta teve início nos anos 60 na indústria de petróleo, onde a necessidade competitiva e o avanço tecnológico geraram em suas operações condições de pressão e temperatura mais severas, tornando mais críticas e arriscadas as plantas industriais e aumentando, por conseguinte, as possibilidades de causar danos às pessoas, meio ambiente, comunidades e terceiros, além de ao próprio sistema.
Existem duas classificações de risco:
• o risco puro, que apresenta duas possibilidades - perder ou não perder; e
• o risco especulativo, que tem três possibilidades - perder, não perder ou ganhar.
Este último tem tratamento muito especializado e não é segurável, visto haver a opção de ganho. Não é objeto do que pretendemos analisar neste trabalho.
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