Gerenciamento nas Organizações Moran 2 quinzena
José Moran
Pesquisador, Professor, Conferencista e Orientador de projetos inovadores na educação
Trecho do meu livro Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª São Paulo: Paulinas, 2007. p.193-195.
As organizações são como as pessoas. Encontramos organizações mesquinhas, fechadas, autoritárias, voltadas para o passado, que repetem rotinas, que são incapazes de evoluir.
Existem outras organizações que evoluem perifericamente, que só fazem mudanças cosméticas, de fachada, sem mexer no essencial. Existem também organizações deslumbradas, que mudam de acordo com as modas, com os gurus de plantão, que adotam acriticamente as novidades, em que o marketing é mais importante que a realidade. Há, finalmente, organizações que possuem uma visão integrada, aberta, flexível das pessoas, dos seus objetivos, do seu futuro. Organizações interessantes são as que veem, em cada problema, um desafio. Organizações problemáticas são as que enxergam mais os problemas do que as oportunidades e fazem destas novos problemas.
Nos diversos grupos e organizações em que participamos - principalmente os familiares, os educacionais e os profissionais – encontramos formas de gerenciamento diferentes, umas tendendo mais para o autoritarismo, o controle pessoal ou burocrático, e outras, para a desorganização, a anarquia. Entre o autoritarismo e a anarquia, encontramos várias formas de gerenciamento intermediário, mais ou menos participativo, mais ou menos estruturado. No gerenciamento autoritário tudo se subordina ao controle. O controle pode ser pessoal - alguém centraliza as decisões principais - ou burocrático - a estrutura é hierárquica e só a cúpula decide; os escalões intermediários executam o que vem de cima e têm pequeno grau de autonomia.
No gerenciamento anárquico não há um centro de comando. A organização é muito fluida, depende da relação momentânea de forças. Altera-se com frequência o equilíbrio. É uma organização instável, sujeita a crises. Alterna períodos de