Gerenciamento de processos
Ricardo Ferraz do Amaral
Nos últimos cinco ou seis anos administrar uma empresa ou um negócio tem sido tarefa das mais árduas no Brasil, face à velocidade de mudanças na forma de gerir provocada pela igualmente rápida necessidade de competir de forma global.
A abertura da economia e a tão falada globalização aconteceram de forma rápida e implacável, tomando de surpresa setores inteiros da economia e tornando-os incapazes de competir. As primeiras defesas foram os rápidos e desordenados cortes estruturais e de custos que as empresas executaram para poder sobreviver e ganhar fôlego na maratona da competitividade. Muito se fez em pouco tempo, porém sem muito critério ou tecnologia.
"Enxugar" as organizações era a palavra de ordem, e isso significou reduzir drasticamente o número de pessoas, os níveis hierárquicos, as funções , enfim todos os custos possíveis. Esta atividade ganhou o tão conhecido nome de "reengenharia".
Como conseqüência disto as atividades da empresa foram reagrupadas, os cargos remanescentes tiveram ampliação de suas responsabilidades e as pessoas passaram a trabalhar mais, em muitos casos pelo mesmo salário. Pouco se fez pela revisão das tarefas e pela eliminação de atividades sem valor agregado aos objetivos do negócio
Em outras palavras, reduziu-se o número de pessoas e manteve-se as mesmas tarefas, os mesmos relatórios, as mesmas reuniões, e as mesmas formas de se resolver problemas, e o que é pior, muitas vezes sem capacitar a "nova" organização para desempenhar as novas atribuições. Como resultado, caíram os custos (mas somente aqueles relacionados à folha de pagamento) e, na mesma proporção, caíram a qualidade dos serviços, a satisfação dos clientes e até a lucratividade do negócio.
O que fazer agora? Como recuperar a qualidade do negócio e a confiança do cliente?
Há como capacitar a tempo os profissionais remanescentes na organização?
A resposta é sim. Capacitar, porém, é parte da solução. A