Geração y
Uma pesquisa da Fecomércio-RS revela o perfil das pessoas nascidas entre 1982 e 2000
Além da faixa etária, eles são unidos por sonhos que aparecem como brados de independência e liberdade. Um caminho de conquistas que se constrói pela dedicação ao estudo e ao trabalho. Contemporâneos da revolução digital, cresceram com provas de que quase tudo é possível. É por isso que fitam o horizonte com confiança e, não muito longe, enxergam relações mais próximas e obrigações mais prazerosas.
Esse é o perfil dos jovens gaúchos que nasceram entre 1982 e 2000 — a chamada Geração Y. Os dados são de estudo feito pela Fecomércio-RS em abril deste ano. Entre os resultados da pesquisa de opinião realizada com 800 jovens em 31 cidades do Estado, alguns surgem como reveladores — dado o contexto moderno e tecnológico em que se inserem.
Para 82,5%, o grande desejo é a autonomia — conquistada com independência financeira, estudo e emprego. O trabalho é fundamental na vida de 97,5% dos jovens. Visto como um atalho para a emancipação, no entanto, ainda é encarado com forte influência da família.
— Para além da flexibilidade laboral, da possibilidade de circular entre diversas habilidades que temos hoje, um dos traços clássicos permanece: a definição de "quem eu sou" por meio da profissão continua importante na definição das identidades — analisa Caetano Sordi, 24 anos, mestrando em Antropologia.
Para a Geração Y, a vida é um percurso que tem de ser prazeroso. Qualidade, para mais da metade, é sinônimo de prazer, saúde e bons relacionamentos. Quase todos eles acreditam que os objetivos serão alcançados facilmente. Quase todos.
— Os desejos são imediatos e parecem fáceis. É comum termos expectativas muito grandes e, ao mesmo tempo, não traçarmos metas a longo prazo. Isso pode, algum dia, nos gerar conflitos — avalia Angelo Brandelli Costa, 28 anos, mestre em Psicologia Social.
Busca por alternativas e