geografia
Constituído para servir de ligação entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo, o Canal de Suez ("Qanat as-Suways", em árabe) é uma enorme via de circulação de navios e possui grande importância econômica e social, pois nele ocorre o fluxo de 14% do transporte mundial e cerca de 15.000 navios por ano. O Canal de Suez foi construído pela companhia Suez de Ferdinand de Lesseps, entre 1859 e 1869, tendo mais de 1,5 milhões de egípcios como colaboradores.
Além de separar os continentes da África e Ásia, o canal possui mais de 190 km de extensão, 170 metros de largura e 20 metros de profundidade. No término ao norte, fica o Port Said e ao Sul está o Port Tawfik na cidade de Suez. O objetivo da obra foi principalmente o transporte marítimo, pois sem a sua existência, por exemplo, uma embarcação saindo da Itália com destino à Índia, teria que contornar todo o continente africano pelo Cabo da Boa Esperança.
Os financiadores da obra foram a França e o Egito, porém em razão de uma dívida externa, o Reino Unido tomou posse do Canal de Suez. E após certo período foi convencionada a “Convenção de Constantinopla”, que garantia a utilização do canal por qualquer nação. Atualmente é controlado e operado pela entidade estatal, denominada Autoridade do Canal de Suez (SCA), criada pelo Egito e responsável pela gestão do tráfego computadorizado, apoiado por radar e mais 14 estações de pilotos.
Diferente do Canal do Panamá, o Canal de Suez não possui eclusas graças a ausência de desníveis e diferenças quanto ao nível do mar, por isso seu traçado atravessa quatro lagos: Manzala, Timsah, Grande Bitter e Pequeno Bitter. Uma travessia demora em média de 11 a 16 horas. Com a tecnologia atual, estão sendo realizadas reformas de aprimoramento do Canal, a fim de ampliar a passagem de super navios com até 22 m de calado. Atualmente, o canal permite navios de no máximo 15 m de calado. O canal é amplamente utilizado por navios modernos, por tornar mais eficiente a travessia do Oceano